Pesquisadores voltaram a analisar os dados do exoplaneta K2-18B, localizado a cerca de 124 anos-luz da Terra, e concluíram que não há evidência confiável de vida no local.
O planeta havia ganhado destaque após a detecção de moléculas como DMS (sulfeto de dimetila) e DMDS, associadas à vida marinha na Terra. No entanto, um novo estudo revisou os dados obtidos pelo Telescópio James Webb, utilizando seus três instrumentos principais (NIRISS, NIRSpec e MIRI), e constatou que os sinais são fracos, inconsistentes e não aparecem de forma recorrente entre os diferentes métodos.

Além disso, os pesquisadores observaram que as mesmas assinaturas espectrais podem ser reproduzidas por moléculas abióticas, ou seja, sem qualquer relação com processos biológicos. Isso reduz drasticamente a credibilidade da hipótese inicial.
O artigo original já alertava que os sinais tinham um nível de confiabilidade estatística de apenas 3 sigma, abaixo do mínimo exigido (5 sigma) para validação científica. Novas observações devem ser feitas, mas a presença de vida no K2-18B permanece sem comprovação.